Aleatório

Estou aqui em mais um sonho

Para tentar esquecer e me lembrar de olhar em seus olhos

Minha compreensão é insana

Sua compreensão sobre mim é insana

Você aceitou minhas mãos de culpa

Eu aceitei as suas

Eu posso ser melhor

Eu poderia ser melhor em seus olhos

Nos céus, os céus de seus olhos

Onde há confiança

Onde estou a salvo

Construo planos

Planos em que depois de tudo, vamos sorrir do caos

No caos e na paz da chuva

Depois virá o sol

Onde os seus olhos me compreenderão

E saberemos que sempre haverá mais um disfarce

Uma descoberta

Interesse

Mas isso ficará guardado

No céu

No céu

De nossos olhos

Em mais um sonho

Aleatório

Nós

então, não é mais hora de brincar

os pedaços estão caídos

embaixo de sua roupa

e você não pode mais fingir

você sangra

não há por que desenhar um sorriso

está aí, no seu sangue

corre em suas veias

a fraqueza, a vergonha

o veneno

me falaram sobre um herói

eu acreditei na heroína

rasgo os joelhos no chão

em busca de perdão

e então, eu afundo

está em meu coração

a maldade querendo brincar

com o sorriso mais bonito

aquele mais cínico

hoje surgirá uma mentira

e por de trás dessas lágrimas

nos gestos, nas entrelinhas

ela será descoberta

e então, queimaremos

queimaremos o que não existe:

nós

Cópia?

ei você,

eu me arrependo de ter te chamado de melhor amigo

me arrependo de ter tentado mudar algumas coisas

como pode haver tanta decepção?

você cria suas verdades (suas)

olha da maneira que as coisas se encaixam melhor para você

para VOCÊ

é tão fácil apontar um dedo

é tão fácil generalizar

é tão fácil falar "VOCÊ..."

faça isso na frente de um espelho

por que não adimitir um erro uma única vez?

por que querer sempre (SEMPRE) sair por cima?

por que tanto orgulho? (orgulho podre)

por que nunca um "me desculpe... foi mau"?

eu sei, você não quer

você não faz questão

só quer remoer o que já passou

ficar agarrado ao que, definitivamente, não importa mais

estava tudo tão bem

havia paz

mas você é problemático

cutucou a ferida errada

na hora errada

eu gostaria de poder dizer "qualquer coisa estarei aqui"

mas dessa vez, eu não estarei mais

não para você

porque você, dono do 'desnecessarismo', tornou-se o DESNECESSÁRIO

para mim.

não,

eu não sou uma cópia.

Caos

caos, caos, caos

caos limpo

de verdade

exagero

não há tempo

há cansaço

falta de costume

vício

fadiga

saudade

Atalhos

depois de tudo o que ele passou,

ele pára um minuto, volta há 4 anos e

perde-se em pensamentos.

a ficha cai.

nunca,

ele nunca imaginou, ou premeditou, estar onde está.

logo depois, ele acorda e olha para frente.

está feliz, mais seguro.

claro, com humildade, mas sem medo.

ele dá a cara a tapas, enfrenta e sorri.

agora, ele é um rapaz diferente.

a vida ensina, derruba e descarta quem cedo bate o sino.

Deus mostra o caminho

não o único

e ele...

ele se aventura arriscando alguns atalhos

porque quer agora

porque tem pressa

sede

vontade

e assim ele segue amadurecendo com os comuns tropeços

feliz.

Passageiro

basta olhar para sentir

a única certeza

a morte

eu não posso abandonar o que fui

faz parte de mim

é inevitável não esbarrar

com o antigo sentimento de

's o l i d ã o'

e por que tanto apego à essa vida?

não faz sentido

é passageiro

então, venha me buscar quando for de Sua vontade

mas eu só quero ter a chance de mudar algo

fazer algo bom

qualquer coisa

deixar uma marca

fazer notória a minha passagem

para que ela tenha valido a pena

Guie-me para o Bem

não deixe

não permita que eu me perca novamente

Leve-me para a Luz

com passos humildes, porém, corajosos.

Fantasmas

I n c r é d u l o
Por perto
Eu me encerro



Sem medo
Sem mim
Sem segredos
Sem todos aqui


Desenho um sorriso
Jogo fora um inimigo
Fecho os meus olhos para desaparecer
Assim eu não enxergo o que vai acontecer

Eu não tenho o poder
De me manter
Tão longe
Onde você se esconde

Os fantasmas irão gritar
Eles vão sussurrar no meu sonho
Que eu não posso me infectar
Com esse vício que eu me imponho



alterei algumas coisas
mas isso é parte do que eu colocava no papel em 2005